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Inteligência emocional como competência profissional para líderes em tempos de crise.
13 Maio 2020
Inteligência emocional como competência profissional para líderes em tempos de crise.
Muito se fala sobre a necessidade de qualquer profissional ter inteligência emocional para o exercício da sua atividade, se falando dos líderes mais ainda. Isso se dá pela função de destaque que a liderança exerce sobre os demais. Liderança é exemplo, é influência. Utilizar a competência emocional é um indicador de sucesso para o líder, sem ela não obterá resultados acima da média. Usar nossa inteligência emocional não é negar as emoções, isso seria impossível, faz parte da característica do ser humano. Ter a competência emocional é saber controlar as emoções nos momentos difíceis e usá-las nos momentos favoráveis. Todos da equipe "podem" perder a cabeça, o líder não, por isso é o líder. Como vou exigir tranquilidade para a equipe em tempos de crise, incertezas e tomada de decisão se eu mesmo sou um descontrolado, um nervoso. Hoje no mercado de trabalho possuir a competência emocional é mais importante do ter um currículo recheado de competências técnicas, e isso é levado em consideração na hora de promover um futuro gestor. Segundo Daniel Goleman, Phd por Harward, autor do livro Liderança e Inteligência Emocional na Formação do Líder de Sucesso, diz da capacidade do líder de identificar os próprios sentimentos e os dos liderados, do líder ser automotivado e de fazer a gestão das emoções dentro de si e nos seus relacionamentos. Neste período da pandemia tomada pelo mundo, requer o líder mais preparado para lidar com as pressões. É um momento de demissões, diminuição de carga horária e suspensão de contrato. A liderança deve estar mais próximo possível do liderado, mesmo que seja virtualmente, devido ao trabalho remoto. Passar tranquilidade, estar e se mostrar disponível para ouvir e ajudar, ser transparente com as ações, são comportamentos indispensáveis para o líder manter a moral da sua equipe neste momentos difíceis. Lembre- se, sem confiança não existe liderança. Então, como podemos desenvolver nossa competência emocional?
Baseado na minha experiencia, criei 5 bases para o líder ter equilíbrio emocional.
1ª- Consciência- seja consciente dos momentos que geram emoções negativas. Dê um nome para cada emoção. Quando sentir essa emoção, converse mentalmente chamando-a pelo nome. Quando fizemos isso, passamos a negociar melhor nossas emoções. Fica mais fácil neutralizá-las.
2ª- Presença- viva o presente durante o seu trabalho. Não temos controle do passado e nem do futuro (apesar de planejar). Conseguimos ter algum controle somente do momento presente, a ainda assim ele é muito dinâmico. Lembre-se, quem dá o tamanho do “mostro" somos nós.
3ª- Resposta- Não queira controlar o incontrolável. O momento que estamos vivendo, a crise econômica, a pandemia, as decisões dos superiores e da empresa fogem do nosso controle. Não temos como ir lá e resolver. Mas a forma que vamos reagir a isso tudo aí sim só depende da gente. Gaste energia com aquilo que só depende de você e sua equipe.
4ª- Impulso- O líder deve ser automotivado, não deve esperar que alguém o motive, aliás, motivação vem de dentro. O líder deve é estimular sua equipe para realização das tarefas. Temos que pensar em responder os porquês do nosso trabalho. Por que sou líder? Por que estou aqui? Por que minha equipe precisa de mim? Por que acordo cedo para trabalhar? Isso tudo está ligado ao propósito da liderança, ao processo prazeroso de trabalhar para realizar/conquistar algo baseado em uma conexão profunda.
5ª- Energia- Respeite sua saúde. Saiba qual é sua "válvula de escape”- cuide do corpo e da mente. Atividade física e alimentação saudável é fundamental para ter energia para enfrentar esses momentos atípicos. Nosso cérebro gasta muito mais energia em situações novas e que requer soluções diferentes. Meditação e yoga também são uma opção.
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